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Channel: Chef da Semana – Saliva.pt
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O Chef da semana é | Fernanda Vaz

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O restaurante vegetariano Espaço da Rosa é a “casa” da Chef Fernanda Vaz, onde nos recebe para uma agradável conversa, acompanhadas de um chá. Fala de si, da atitude perante a vida e a alimentação, dos projetos passados e do futuro.

Dedicada à filosofia oriental desde muito jovem, a Chef Fernanda Vaz afirma que a alimentação macrobiótica e a sua filosofia mudou a sua vida para sempre. Com 21 anos abriu o Chacra, o seu primeiro restaurante vegetariano e macrobiótico. De seguida abraçou um projeto de produção e confeção de produtos prontos a comer de alimentação macrobiótica e vegetariana para clientes empresariais como a ANA, Celeiro, ITAU, Próvida, Universidades, etc.

Sempre com vontade de aprender e de evoluir, frequentou inúmeros cursos, formações, workshops, retiros espirituais, mas foi a formação de Filosofia Macrobiótica típica japonesa (intensiva, teórica e prática) dada pela equipa do professor Tomio Kikuchi discípulo de George Ohsawa que foi estruturante para ser a pessoa e a Chef de cozinha que é hoje.

Passou pelo Hotel Lapa Palace, Resort Hotel Penha Longa e Hotel Holiday Inn onde se requintou.

Geriu até 2008 a “Quinta dos Lobos” em Sintra, uma experiência única dadas as características ímpares do espaço, onde realizava diversos eventos, workshops, cursos de cozinha entre muitas outras atividades.

Enquanto cozinheira profissional especializada, há mais de 30 anos, em Alimentação Natural, Vegetariana, Vegan e Macrobiótica faculta consultoria, formação a profissionais da restauração e a particulares com cursos e workshops. Ajuda também a elaborar menus para pessoas com necessidades especiais de alimentação.

A Chef Fernanda Vaz classifica a sua cozinha como diversificada, saborosa e colorida, colocando-a atualmente em prática no Espaço da Rosa, em Alvalade, restaurante com buffet macrobiótico e vegetariano. Confessa que gosta de simplificar receitas, de ler livros e revistas de cozinha, de trabalhar com algas, peixes e temperos. A sua paixão assumida e eterna: a cozinha japonesa.

Para o futuro, a Chef Fernanda Vaz tem em mente vários projetos, mas um muito especial que gostava de concretizar: a “Quinta Encantada”, dedicada a crianças, para ensinar aos mais novos o que a “outra” escola não ensina: respirar, meditar, equilibrar, cultivar, cozinhar… E assim é, idealista e sonhadora!


Chef da semana é | Teresa Frazão

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Voltámos a encontrar-nos com a Chef Teresa Frazão no Vieira Café, na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, a sua casa, o espaço que tem vindo a construir desde 2014. Aqui o tempo é curto e as possibilidades são determinadas, servem-se almoços, lanches e brunch aos fins-de-semana, florescente trabalho que têm vindo a dar frutos, o resultado está à vista, casa cheia e o positivo retorno de muitos clientes.

A criatividade não lhe dá tréguas e apesar de apostar na comida familiar e caseira, de guardar por perto as preciosas receitas e recortes delicadamente escolhidos e coleccionados pela sua avó materna, a Chef lança-se na cozinha num retiro de novas experiências e combinações onde coloca em prática todos os conhecimentos adquiridos em brava carreira.

A formação em Marketing e Relações Públicas seria o início de uma promissora coincidência. Depois de quatro anos na área, resolveu apostar no se revelava empolgante e motivador, cozinhar.

Ano e meio na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e um projecto conjunto no final de curso, valeram-lhe a proximidade de vários conceituados Chefs portugueses, nomeadamente o Chef Luís Baena. Depois de um estágio de três meses no Ritz, segue-se o Fortaleza do Guincho, uma passagem pela Madeira no Cliff Bay e em viagem mais prolongada, a Chef iria colaborar ao lado do Chef Joaquim Figueiredo num pequeno restaurante de inspiração portuguesa, em França. Responsável pelas entradas e sobremesas o reconhecimento tornou-a mais segura, determinada e independente numa potente visibilidade merecedora de olhares mais atentos.

A bagagem na vida nunca é em vão, ao lado de grandes Chefs, o rigor, o inesgotável cansaço, as horas de trabalho, deram-lhe a força e coragem para poder chegar aqui. O Vieira Café é a sua casa, onde perto da família constrói uma consistente base que irá conduzi-la a merecidas descobertas. Que os “seus pozinhos mágicos” a façam brilhar. Continuamos atentos às futuras revelações desta jovem Chef .

O Chef da semana é | José Luiz Diniz

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O meu percurso passou quase sempre em Hotéis de 5 *, com exceção de 5 anos em Luanda onde abri 5 Restaurantes de Luxo, formei e eduquei, perto de 60 possíveis bons Cozinheiros Angolanos. Um momento muito bom e muito importante na minha vida.

Hotel Marriott, Hotel Tivoli Seteais, Farol Design, Hotel Miragem, Hotel Costa da Caparica, Quinta da Marinha, etc.; foram alguns pelos quais passei.

A grande evolução do mercado de gastronomia no País fez disparar a procura por cursos de cozinha. Mas quem entra na área em busca de glamour e sucesso pode acabar muito frustrado. Nem todos podem ser Chefes. É uma carreira diferente, com um início difícil e penoso, mas tem associado a este trabalho uma verdade enorme; eu gosto do faço e faço o que gosto.

A elaboração de um prato, a harmonização de entradas, dos pratos principais, das sobremesas, a construção e validação de Fichas Técnicas, tudo isso pede semanas ou meses de trabalho, de pesquisa, de tentativas e de erros até se atingir o fim a que se propôs.

Eu sou acima de tudo e principalmente um Cozinheiro, essa é a minha profissão, ser Chefe… é um cargo, para o qual estudei, lutei e ainda o continuo a fazer… todos os dias.

Não há horas, não há férias, não há folgas. Há garantidamente horas sempre a trabalhar em pé, alguns golpes e cortes garantidos, uns salpicos e respectivas queimadelas por óleo quente. Há que chorar por causa das Cebolas, há que lavar loiça, quando o serviço assim o pede. Tem de se trabalhar muito. Hoje as pessoas saem da Escola achando que são Chefes.

Claude Troisgros, um grande Chef, disse uma vez numa entrevista “Muitos jovens entram na escola de gastronomia achando que a vida de chef é um programa de TV. Mas para cada episódio daqueles, de vinte minutos, gravamos mais de vinte horas.
Numa cozinha de verdade é igual.

O Produto que mais gosto de trabalhar é simultaneamente aquele que merece o maior respeito e que causa maior “dores de Cabeça”: O Peixe.
O tecido muscular dos peixes é muito delicado, resulta que, quando o calor é demasiado, toda a estrutura muscular se começa a desmanchar e acabamos com um peixe todo desfeito.
Para terem uma ideia: A Caldeirada, tem um nome associado a uma misturada, a uma confusão, a tudo dentro do tacho!!!! É uma cozedura de refluxo, de regresso; o calor condensa-se na parte mais fria do tacho, a tampa e regressa ao meio aquoso, não havendo por isso perdas dos vários compostos aromáticos. A ordem de colocação dos vário elementos/ingredientes dentro do tacho, de acordo com a sua complexidade de cozedura. O próprio tipo de Pescado, o Cação, o Ruivo, o Tamboril, peixes mais musculados que uma Sardinha, têm de entrar primeiro. E por último os aromáticos que vão potenciar todo o magnifico sabor deste prato tradicional.

Sou tradicionalmente um Homem de Petiscos. Adoro um bom Queijo, aliás adoro todos os Queijos Portugueses. Não resisto a um bom Enchido. Adoro molhar o Pão no Azeite. Mas gosto muito, quando tenho tempo, de jantar bem, de jantar fora, de saborear e apreciar o que de se melhor faz por este País. Adoro a Cozinha Alentejana.

Quem cozinha para mim, habitualmente sou eu!
Que me lembre, a última vez que fui almoçar fora e mais uma vez foi um Petisco. Fui ao “Santo”, uma magnífica Tasca na Nazaré que serve um Berbigão de Tomatada como não há igual.

Folgas, tenho poucas, há sempre mais um serviço inesperado, mais um grupo que entrou no Hotel, há sempre qualquer coisa. Por isso resumo apenas a Tempos livres e a Férias repartidas. Todo o tempo livre que tenho é para ser passado em família, comigo a cozinhar, claro! Passeios pela praia, Petiscadas e Mariscadas são para mim a melhor maneira de descansar. Isso e os meus livros e revistas de Culinária.

Motivo-me a ver os meus “meninos” a crescerem, a desenvolverem as suas competências, a se descobrirem no Mundo da Gastronomia e quando isso acontece, eu sou um rapaz feliz.

Daqui a 1 mês ou daqui a 6 anos, o que importa é eu continuar a fazer o que faço, a fazer o que gosto. E neste momento eu gosto muito de estar aqui!

……………

Texto: Chef José Luiz Diniz
Revisão: Marta Gregório
Fotografia Chef e Prato: Cristina Vaz
Prato: Solplay

O Chef da semana é | Miguel Silva

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Miguel Silva, 33 anos, natural de Castelo Viegas, no concelho de Coimbra. Apesar da sua tenra idade soma já 13 anos ao serviço da cozinha deixando a sua marca por várias casas.

O seu percurso teve um início “militar”. Foi durante o serviço militar obrigatório que estudou cozinha e onde iniciou a sua carreira. Em 2006 deixou de “alimentar as tropas” e rumou ao LA caffé que pertence à cadeia portuguesa Lanidor, onde permaneceu três anos. Em 2008 decide dar um salto e integra a equipa de Fausto Airoldi, na altura chef responsável pela cozinha do Casino Lisboa. Após uma temporada de aprendizagem volta ao LA Caffé já como Sub Chef. Outros convites se seguiram, Hotel Villa Batalha como Chef de cozinha, hotel do Carmo, Hotel Oasis plaza do Grupo da eurostars, Tivoli Coimbra e finalmente o Palácio da Lousã onde continua como Chef do Restaurante deste hotel.

Apesar de 13 anos de carreira não descura a sua aprendizagem e usa os seus, poucos, tempos livres entre família e o estudo de novas técnicas.

Com inclinação para os salgados, o seu ingrediente predileto é o nosso tão português arroz carolino da região baixo Mondego, em contrapartida o seu “calcanhar de aquiles” fica nos picantes, por ser um ingrediente de dosagem incerta; o que é picante para ele pode não o ser para o seu cliente.

Fã de petiscos por serem “relaxantes”, a casa que recomenda é o Dux Pestiscos e vinhos na cidade de Coimbra.
Apesar de uma carreira já com provas dadas, tais como 3º lugar como Chef Cozinheiro do Ano, continua com olhos no futuro. O seu próximo objectivo é que a sua cozinha no Restaurante do Hotel Palácio da Lousã, seja reconhecido. A longo prazo partilha o sonho de integrar uma cozinha auto-sustentável com produtos próprios e sempre da época, onde os menus fossem pensados diariamente de acordo com o que a horta lhes der.

“Motiva-me satisfazer o cliente, proporcionar-lhes momentos únicos de sabores e texturas!”

O Chef da semana é | Diogo Noronha

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Já muito se escreveu sobre Diogo Noronha e os projetos pelos quais dá a cara. Ficámos com curiosidade… Fomos conhecer a experiência do Chef e o percurso do homem que vive intensamente uma profissão que considera fascinante, onde “os 5 sentidos estão sempre a trabalhar”. A atitude é simpática e descontraída, a energia evidente, o sorriso contagiante, o olhar atento e doce, o sentido de humor imprevisível. A conversa flui agradável e naturalmente, depois de um longo dia de trabalho.

Fala da relação pessoal com a cozinha e com o mundo. Ainda guarda os sabores da infância, mas foi a opção consciente de se tornar vegan macrobiótico aos 17 anos que o levou à cozinha. Foi vegetariano durante 10 anos, numa fase da vida ligado ao budismo, à tradição zen, ao yoga. Viajou para a Índia, Nepal, Tailândia, Laos, Camboja e Vietname. Experiências que continuam a ser a sua “espinha dorsal”, determinantes para a cozinha que faz e para a forma de estar na vida. Fez ainda o curso de Comunicação Social (Universidade Católica) que, confessa, o ajudou no “esquema mental”.

A relação profissional com a cozinha inicia-se com o Chef Chakall, mas faz-se cozinheiro fora de Portugal: forma-se na Natural Gourmet Institute for Health and Culinary Arts em Nova Iorque; trabalha no alternativo Raw Foods Vegan e faz um salto radical para a alta gastronomia de Thomas Keller, no Per Se (3* Michelin). Volta para a Europa, “gastronomicamente mais rica”. Em Barcelona trabalha no Moo (Hotel Omm, com os irmãos Rocca do El Celler de Can Rocca) e no Alkimia (Jordi Villa), ambos com estrelas Michelin. Regressa a Portugal para abrir o Pedro e o Lobo, aplica o que aprendeu, num registo criativo e de cozinha de autor.

Atualmente, o Chef Diogo Noronha é o gestor executivo dos restaurantes Casa de Pasto e Rio Maravilha, projetos da Mainside, naquilo que considera “um bom casamento”. Preocupação constante é a sustentabilidade do negócio e os intervenientes, fornecedores, clientes, mas acima de tudo as equipas. Fala muito das pessoas, “é aí que está realmente o valor”, admitindo que o maior desafio é a parte humana, sendo necessário ser firme, assertivo, meticuloso; valoriza o trabalho, a vontade, a atitude, o ritmo, a pro-atividade. Atento a todos os pormenores nos espaços que gere, até à música, a outra paixão “taco-a-taco com a cozinha”.

Os 7 anos fora de Portugal foram um investimento, mas considera que “o mais importante é a minha geografia, onde eu nasci… a dieta atlântica-mediterrânica é aquela que me faz mais sentido”. Respeita a sazonalidade e privilegia produtos biológicos. Entre os preferidos estão alcachofras, ervilhas, raízes, tubérculos, couves, peixe. A técnica é internacional, mas identifica-se com uma cozinha informal e descontraída, pois um restaurante “tem de ter alma… uma cozinha emocional é muito mais interessante do que uma cozinha técnica”.

É frequentemente incluído na lista dos melhores Chef, aprecia o reconhecimento, mas não vive o protagonismo, encara-o de forma natural, consequência do trabalho de Chef que tem de criar identidade e “dar a cara”. Manter a consistência continua a ser o maior desafio. Mais do que a inovação, valoriza a repetição pois “a prática faz a perfeição”. No futuro, entre outras coisas, “gostava de contribuir mais para este setor, que é estratégico para Portugal, e que na base tem a formação, que é o que faz com que possam existir talentos”… a nossa curiosidade permanece… o que será que vai sair das mãos do Chef Diogo Noronha no futuro?

O Chef da semana é | Nuno Carrusca

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Natural de S. Brás de Alportel, este carismático chef de 39 anos, tem já um currículo invejável, tendo os estudos concluídos, em Pintura e licenciatura em Artes Plásticas, Bacharelato em Audiovisuais pela Gerrit Rietveld Academie de Amesterdão. Destemido e amante da imprevisibilidade, enfrenta qualquer desafio proposto, tendo uma filosofia de vida refrescante e, ao mesmo tempo, humilde, como podemos ter o prazer de presenciar quando visitamos o seu canto em Lisboa, o restaurante Água no Bico.

Trabalha como Chef há, sensivelmente, 10 anos, começando em Amesterdão, no Daalder Restaurant, passando por Berlim, como chef executivo do Sauvage. Quando os ventos o trouxeram para Lisboa, trabalhou na Lovestore, no Olivier Tivoli Avenida e n’Atravessa. Foi ainda chef executivo e food designer para o Till the Cows Come Home. Hoje, é no Água no Bico que se reinventa todos os dias, inspirado pelo que a natureza lhe oferece, tendo por base uma escolha de ingredientes não processados e onde nos brinda com uma variedade magnífica de pratos.

O Chef da semana é |Ädu

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Chef Ädu conta-nos a sua história enquanto o sol ilumina o Bistrô Edelweiss, espaço carismático, bem decorado, repleto de detalhes nas escolhas do mobiliário e objectos decorativos. Esta é a sua casa, onde ao jantar se cruzam clientes, vizinhos e amigos que vêm em busca da boa gastronomia Suíça num ambiente discreto e caseiro.
Conhecer a seu percurso é ser espectador de um caminho cheio de experiências e viagens resultantes das múltiplas passagens por espaços ligados à área da restauração e hotelaria.

Ädu iniciou nos anos 70 o seu percurso num resort turístico nas montanhas suíças onde trabalhava sazonalmente durante os meses de verão e Inverno. Nas restantes épocas descia à cidade e completava o curso profissional de cozinha. Terminados os estudos e já com alguma bagagem, entra num dos mais conceituados hotéis da Riviera Suíça, o Montreux Palace. O orgulho de poder colaborar numa cozinha de um hotel de cinco estrelas foi perdendo a sintonia com os seus intuitivos propósitos. Respeitava a hierarquia implementada numa cozinha de grandes dimensões mas sentia os seus dias demasiado rotineiros e díspares do seu carácter autónomo e livre.

É transferido para uma cozinha mais pequena e posteriormente para o Bar de piscina do hotel. O contacto e relação directa com o público proporcionavam-lhe a desejada empatia, ponto de partida para futuros compromissos. Em Ticino, no sul da Suíça como empregado de mesa, na cozinha de num cruzeiro, numa viagem à Austrália e de volta à Suíça, onde retoma os estudos numa conceituada escola de gestão hoteleira.

Foi em Basileia que ganhou paixão pelo trabalho de bar, onde se tornou num dos melhores barman da cidade. Reconhecia caras, memorizava pedidos, fixava clientes que apreciavam a sua agilidade, simpatia e rapidez com que se movia atrás do balcão. Depois de uma pequena herança tomou a decisão de gerir o seu próprio negócio e partir para um outro país à procura de novas oportunidades. Juntamente com o seu companheiro Marc viajam para França e é em Nice que permanecem sete anos gerindo um lounge-bar.

Novas aventuras honram novas conquistas, em busca de uma nova cidade, de abrir um novo negócio. Lisboa tinha esse je ne c’est quoi que os cativou e aliciou à abertura de um bar no Bairro Alto, o Heidi Bar. Durante esse tempo noctívago, Ädu nunca deixou de parte a paixão e entusiasmo pela cozinha, manteve sempre o hábito diário de cozinhar, de criar maravilhosas receitas caseiras e de ser Chef num ambiente mais privado.

Convencido por Marc, Ädu assume que chegara a hora de mostrar aos outros o seu entusiasmo e talento como Chef autónomo, no seu espaço, na sua cozinha, à sua maneira. E assim acontece há três anos e meio, um envolvimento perdurável da recriação de novos pratos ou receitas suíças utilizando alguns dos produtos locais portugueses.

Bistrô Edelweiss, em Lisboa esclarece-nos do seu potencial criativo na veracidade dos pormenores, dos sabores e cores na excelência da matéria-prima, do preciosismo suíço humildemente espelhado em toda a sua cozinha.

O Chef da semana é | Jorge Fernandes

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Depois de termos (a)aprovado algumas das melhores iguarias gastronómicas com sabor a mar no Atlântico Restaurante & Bar, fomos conhecer o responsável pelas deliciosas conjugações de sabores. Jorge Fernandes é o Chef Executivo do Hotel Intercontinental do Estoril, um jovem com um percurso cheio de boas concretizações e experiências, nacionais e internacionais.

Com a decisão de ir estudar cozinha para a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, aos 14 anos, teve de enfrentar o ceticismo por parte da família que não estava muito certa dessa escolha. Terminou o curso aos 17 anos, ingressando no mercado de trabalho e, a partir daí, integrou vários projetos com sucesso, provando aos céticos que tinha sido a escolha certa.

O percurso profissional do Chef Jorge Fernandes decorre do gosto pela área da hotelaria, tendo passado por vários hotéis, como o Tivoli Lisboa e o Olissipo Lapa Palace, e no sul de França, o Hotel Four Seasons Resort Provence. Mas foi no Ritz Four Seasons, em Lisboa, que teve a oportunidade de conhecer e de trabalhar com “uma das pessoas a quem devo tudo, o Chef António Bóia”, a quem chama de mestre. Afirma que “mais do que o sítio certo, é importante trabalhar com as pessoas certas e ele ajudou-me a crescer e a dar um passo de cada vez”, seguindo-o para o Praia Caffé e, depois para o Rio’s, ambos em Oeiras.

É membro da Equipa Nacional de Cozinha, ganhou várias medalhas a representar Portugal, ficando sempre no pódio da cozinha pelo mundo: Campeonato Mundial de Cozinha, Olimpíadas de Cozinha, Villeroy & Boch Culinary Word Cup, Global Chefs Challenge Sul da Europa, entre outros. Mais do que a competição, valoriza estes momentos de partilha e contacto com culturas de todo o mundo, onde se “vive um amor imenso à cozinha, onde estão centenas de cozinheiros, fardados, com orgulho na profissão e espírito de camaradagem”.

O Chef Jorge Fernandes é também formador na ACPP – Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal. Acredita que a formação tem um papel incontornável e que o gosto pela profissão tem de ser trabalhado: “a cozinha é como tirar a carta de condução, explicam-nos as bases, depois de andarmos na estrada, ou seja, no mercado de trabalho, é que vamos perceber o que isto realmente é.” Acha muito positivo os Chefs regressarem às escolas para formar e transmitir conhecimento da realidade aos alunos.

Critica a banalização da profissão e o excesso de mediatismo: diz que ser Chef de cozinha é agora uma profissão da moda, com muito show off e glamour, passando uma imagem de facilitismo que não corresponde à realidade, pois é uma “vida muito fatigante, exigente, implica muito trabalho, costumo dizer aos estagiários que isto vai doer, no final do dia dói… os pés, as mãos, as costas, é muito difícil…somos avaliados constantemente, por cada refeição que servimos.”

Confessa que a ambição é ter o livro de reservas sempre cheio. No Atlântico Restaurante & Bar tem a oportunidade de mostrar aquilo que gosta de fazer: trabalhar e respeitar um bom produto, não fazer grandes misturas de sabores, com uma confeção e apresentação diferente, desconstruir formatos. Gosta de conjugar peixes e mariscos, o marisco preferido é a sapateira, mas “o ingrediente que mais gosto é o sal, sal a mais ou sal a menos vai definir uma refeição, o sal é tudo!”


Os Chef’s da semana são | Ricardo & Bruno

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Chef Ricardo e Chef Bruno trabalham em dupla no restaurante Maratona, nas Caldas da Rainha. São reflexo de rasgos criativos, de profissionalismo nas suas técnicas e na integração dos valores que os acompanham. Com percursos bastante diferentes, desaguam numa mistura de ideias expressa em resultados admiráveis.

Chef Ricardo, formado em Artes Plásticas nas Caldas da Rainha, vem do Porto. Colaborou em diferentes projectos artísticos, foi (ou é) músico e manteve sempre um contacto próximo com a cozinha. Enquanto estudante, viu-se obrigado a preparar as suas refeições. Foi experimentando e testando, enriquecendo os seus conhecimentos nesta área. Trabalhou num dos primeiros restaurantes Tailandeses em Portugal. Aqui criou as primeiras bases, que hoje em dia tanto influenciam a sua cozinha. Obrigação, vontade, curiosidade e muita pesquisa, foram ingredientes decisivos nesta coesa união. Chegado ao Maratona, foi tomando partido das qualidades que lhe são inerentes, na presente paixão.

Chef Bruno, nasceu no Bombarral crescido numa família ligada à área da restauração. Desde cedo, convicto sobre o futuro da sua carreira profissional, enquadrou a paixão pela cozinha. Formado em restauração, percorreu algumas casas pelo país em pequenos estágios e formações. Esteve tendencialmente ligado à pastelaria. Chegado ao Maratona faz dois anos e meio, integrou rapidamente o conceito do todo.

Chef Ricardo e Chef Bruno, satisfazem a nossa curiosidade assertivamente. Criativa amizade e integra confiança, chave para o admirável trabalho a quatro mãos.

Onde termina a obra de arte e começa a comida?

Chef R – Na Cozinha são três artistas plásticos, já fomos mais. A influência das artes está directamente ligada ao Maratona. A vontade de expressar a arte na comida, é instintiva. Saber conjugar as cores, equilíbrio das formas e dos elementos no prato. Um trabalho cada vez mais consciente. Nos sabores, estão as nossas raízes, as nossas influências, que experimentamos e temos vontade de colocar no prato. Arriscamos, mas não complicamos.

Podemos encontrar as Caldas da Rainha na vossa cozinha?
Chef R   As nossas sobremesas têm alguns elementos típicos da zona, como as trouxas de ovos ou a pêra Rocha.
Chef B – Na qualidade dos produtos, todos os frescos são comprados diretamente ao produtor na praça da fruta.

Doce ou salgado?
Chef R – Prefiro o salgado, mas trabalhar a pastelaria é um desafio interessantíssimo. Fazemos muita pesquisa. Trocamos constantemente ideias na cozinha.
Chef B – Prefiro o doce, mas aprendi a gostar e a observar “o salgado” de outra forma.

O que é fariam a meias?
Chef R – Pescar. Costumamos pescar juntos.
Chef B – Vamos participar num concurso de pesca brevemente.

O que fariam com estes quatro ingredientes? Percebes, café de mistura do Pena, beterraba e pêra Rocha (ingredientes consumíveis nas Caldas Rainha e arredores)
Chef R – Uma salada. Cozia os percebes em água do mar, faria uma redução de café bastante doce (três a quatro pingos, para não preencher a boca com o sabor do café), assava a pêra Rocha e faria um carpaccio de beterraba… Já estou a visualizar o desenho na minha cabeça. Conjugam todos muito bem, o café é um desafio.
Chef B – Eu comeria primeiro os percebes. Faria um bolo de café com doce de beterraba e uma pêra assada.

Ingrediente favorito?
Chef R – Feijão, seja ele qual for.
Chef B – Um bom queijo, um parmesão. Um bom queijo de cabra…um bom copo de vinho… (risos).

O que é para vocês uma cozinha a quatro mãos?
Chef R – Na nossa cozinha somos cinco elementos na confecção. Trabalhamos a 10 mãos. Todos temos de saber fazer tudo o que está na carta.
Chef B – Faltando uma pessoa há sempre alguém que consegue assumir esse papel. Estamos todo ligados, mesmo na criação da carta.

 Se amanhã um de vocês se fosse embora do Maratona, o que levaria do outro?
Chef R – Ficaria triste. Admiro no Bruno a sua humildade, a sua serenidade, o facto de não se aborrecer com quase nada. Isso é muito bom.
Chef B – Sempre admirei a capacidade de liderança do Ricardo, a organização na cozinha e nas encomendas. Levaria um agradecimento enorme, pela entreajuda.

Projectos futuros?
Chef R – Descobri que gosto de ensinar (já dei formação na área das artes) é um desafio muito interessante. Gostaria de dar formação na área da cozinha. É uma hipótese que não está posta de parte.
Chef B – Num futuro próximo, tenho a ambição de participar em concursos de cozinha. Já participei a nível escolar, gostava de representar o Maratona, ou participar individualmente. Estou a pensar inscrever-me no concurso nacional, para o próximo ano. É uma excelente oportunidade para conhecer profissionais que trabalham noutros países e de adquirir novas ideias.

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O Chef da semana é | Vitor Areias

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Natural de Oeiras, Vitor Areias, o jovem chefe de 31 anos, mantém-se fiel à zona que o viu nascer e é lá que reside e onde dá asas ao seu sonho, no restaurante Estória. É um facto curioso, tendo em conta que existe uma grande preferência pela zona mais central de Lisboa, quando toca à abertura de restaurantes. A verdade é que existem outros locais, não muito longe, que merecem ser explorados e, porque não Oeiras?

Formado em produção alimentar e restauração, tirou também uma pós-graduação em ciências gastronómicas, garantindo-nos desde já que das suas mãos, só vão sair criações de alta qualidade.

Como não só de formação académica se faz um chefe, Vitor conta com uma vasta experiência no mundo da restauração, tendo sido o restaurante Assinatura o último para o qual trabalhou, antes de abraçar o seu grande desafio, o Estória. Antes, aprendeu e cresceu em restaurantes de renome tanto a nível nacional como internacional, passando pelo Noma, Mugaritz, 100 Maneiras, Manifesto e Bica do Sapato, todos avaliados com estrelas Michelin.

Motivado pelo desconhecido e pela ambição de fazer mais e melhor, toda a exigência com a qual trabalhou nos locais anteriores, faz com que seja extremamente rigoroso e perfeccionista nas suas receitas, estabelecendo sempre novos desafios sendo ousado, contudo, cauteloso. Confessa ter muito respeito pelo peixe fresco, pelo que quando o servir no seu restaurante, este terá de estar dentro dos seus padrões de excelência.

Como curioso e amante da cozinha que é, o chefe Vitor, gosta de estar a par do que melhor se faz pelo nosso país e confessa que tem alguns restaurantes preferidos, destacando o Zé Varrunca e a Taberna da Rua das Flores, não fosse ele adepto de um bom petisco. O bom gosto que apresenta no Estória faz com que sejam automaticamente ótimas sugestões! Contudo, ainda é na comida da mãe que encontra o seu conforto, tendo sido até à data a ultima pessoa que cozinhou para ele.

O Chef da semana é | Fernanda Vaz

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O restaurante vegetariano Espaço da Rosa é a “casa” da Chef Fernanda Vaz, onde nos recebe para uma agradável conversa, acompanhadas de um chá. Fala de si, da atitude perante a vida e a alimentação, dos projetos passados e do futuro.

Dedicada à filosofia oriental desde muito jovem, a Chef Fernanda Vaz afirma que a alimentação macrobiótica e a sua filosofia mudou a sua vida para sempre. Com 21 anos abriu o Chacra, o seu primeiro restaurante vegetariano e macrobiótico. De seguida abraçou um projeto de produção e confeção de produtos prontos a comer de alimentação macrobiótica e vegetariana para clientes empresariais como a ANA, Celeiro, ITAU, Próvida, Universidades, etc.

Sempre com vontade de aprender e de evoluir, frequentou inúmeros cursos, formações, workshops, retiros espirituais, mas foi a formação de Filosofia Macrobiótica típica japonesa (intensiva, teórica e prática) dada pela equipa do professor Tomio Kikuchi discípulo de George Ohsawa que foi estruturante para ser a pessoa e a Chef de cozinha que é hoje.

Passou pelo Hotel Lapa Palace, Resort Hotel Penha Longa e Hotel Holiday Inn onde se requintou.

Geriu até 2008 a “Quinta dos Lobos” em Sintra, uma experiência única dadas as características ímpares do espaço, onde realizava diversos eventos, workshops, cursos de cozinha entre muitas outras atividades.

Enquanto cozinheira profissional especializada, há mais de 30 anos, em Alimentação Natural, Vegetariana, Vegan e Macrobiótica faculta consultoria, formação a profissionais da restauração e a particulares com cursos e workshops. Ajuda também a elaborar menus para pessoas com necessidades especiais de alimentação.

A Chef Fernanda Vaz classifica a sua cozinha como diversificada, saborosa e colorida, colocando-a atualmente em prática no Espaço da Rosa, em Alvalade, restaurante com buffet macrobiótico e vegetariano. Confessa que gosta de simplificar receitas, de ler livros e revistas de cozinha, de trabalhar com algas, peixes e temperos. A sua paixão assumida e eterna: a cozinha japonesa.

Para o futuro, a Chef Fernanda Vaz tem em mente vários projetos, mas um muito especial que gostava de concretizar: a “Quinta Encantada”, dedicada a crianças, para ensinar aos mais novos o que a “outra” escola não ensina: respirar, meditar, equilibrar, cultivar, cozinhar… E assim é, idealista e sonhadora!

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